Muito em jogo no Alasca: Trump se encontra com Putin sem presença de Zelenskyy

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontraram hoje em Anchorage para uma cúpula de alta tensão focada na guerra na Ucrânia. O encontro — conhecido como Cúpula Trump-Putin 2025 — acontece na histórica Base Conjunta Elmendorf-Richardson e marca a primeira reunião desse tipo em solo norte-americano desde 1988.

1. Cúpula sem a Ucrânia: negociar sobre quem está ausente?

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, não foi convidado, gerando críticas de líderes europeus e ucranianos que afirmam que qualquer resolução sobre o conflito deve contar com a presença de Kyiv.

Trump afirmou que não está ali para “negociar pela Ucrânia”, mas sim para convencer Putin a se sentar à mesa:

“Não estou aqui para negociar pela Ucrânia, estou aqui para conseguir que Putin negocie”, declarou antes de embarcar no Air Force One.

2. Cessar-fogo imediato ou concessões territoriais?

O líder norte-americano chegou ao Alasca declarando esperar um cessar-fogo “rápido” e chegou a dizer que ficaria insatisfeito se isso não ocorresse “hoje mesmo”.

Entretanto, há preocupações de que parte do território ucraniano — especialmente na região de Donetsk — possa ser cedida à Rússia, o que Kyiv e aliados veem como um “acordo desfavorável”.

3. Movimentos estratégicos em meio à tensão

A reunião tem peso simbólico e estratégico: Trump busca reforçar sua imagem de pacificador global, enquanto Putin tenta retomar protagonismo internacional.

O norte-americano também aventou a possibilidade de oferecer garantias de segurança à Ucrânia fora do escopo da OTAN, deixando a decisão territorial para Kyiv.