Caças F-35 dos EUA pousam em Porto Rico em meio à escalada de tensão com Venezuela

 


Cinco aeronaves F-35 dos Estados Unidos pousaram no sábado (13) na antiga base militar de Roosevelt Roads, em Ceiba, Porto Rico, como parte de uma mobilização militar mais ampla no Caribe, em meio ao agravamento das tensões diplomáticas com a Venezuela. A medida reforça o posicionamento dos EUA em operações contra cartéis de drogas e como demonstração de força aérea stealth na região. 

Operação militar reforçada e presença estratégica no Caribe

A ação faz parte de uma ordem executiva do presidente Donald Trump, que determinou que 10 caças F-35 fossem desdobrados para Porto Rico para auxiliar em operações contra o tráfico de entorpecentes operado por organizações que os EUA acusam de atuar desde a Venezuela. 

Além dos F-35, foram vistos helicópteros, aeronaves Osprey, transporte militar e militares em solo na região da base de Ceiba, como parte de um reforço militar que vem crescendo há dias. 

Venezuela reage e acusações mútuas

O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, negou repetidamente as acusações de envolvimento com cartéis, afirmando que tais declarações são parte de uma estratégia de pressão e deslegitimização. 

Recentemente, Maduro alegou que um destróier dos EUA interceptou um barco pesqueiro venezuelano de atum por oito horas em águas sob jurisdição de seu país, classificando a ação como hostil. Também mobilizou milícias civis para “frentes de batalha” em resposta ao que chama de agressão imperial. 

Implicações diplomáticas e riscos de escalada

Apesar do forte componente militar, autoridades dos EUA afirmaram que não há mudança anunciada na postura oficial de defesa, embora pareça estar em curso uma reestruturação de presença militar no Caribe. 

A Venezuela, por sua vez, mantém sua posição de não buscar confronto, mas sinaliza que está preparada para “defender seu território e soberania”, caso seja necessário. 

Esse cenário coloca em xeque o equilíbrio regional, com possibilidade real de embates diplomáticos mais duros, vigilância internacional e reações em fóruns multilaterais.


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