A ONG Un Mundo Sin Mordaza divulgou um relatório alarmante sobre o estado da liberdade de expressão na Venezuela durante o primeiro semestre de 2025. De acordo com o documento, foram registradas 302 violações, incluindo 148 detenções arbitrárias — muitas delas caracterizadas como desaparecimentos forçados de curta duração. As vítimas vão desde ativistas políticos e jornalistas até líderes comunitários, cidadãos comuns e até economistas.
Além disso, o relatório aponta para 32 bloqueios de sites e pelo menos quatro casos de fechamento arbitrário de meios de comunicação, como rádios comunitárias nos estados de Portuguesa, Táchira e Bolívar.
O cenário descrito reforça denúncias recentes de organizações internacionais que têm alertado para a escalada de perseguições políticas no país. A situação preocupa ainda mais diante da proximidade de novos processos eleitorais e do aumento da repressão a manifestações pacíficas.
Para especialistas em direitos humanos, os dados revelam um quadro sistemático de cerceamento da liberdade de imprensa e do direito à informação, consolidando um ambiente de medo e autocensura.
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