O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou que suspendeu temporariamente suas operações na Cidade de Gaza devido à intensificação das operações militares israelenses, mesma medida tomada em resposta ao agravamento da situação no enclave.
Segundo comunicado oficial, a organização transferiu sua equipe para o sul da Faixa de Gaza, a fim de preservar a segurança de seus agentes e manter, na medida do possível, apoio humanitário às populações vulneráveis que permanecem na cidade sitiada.
Razões da retirada e situação percebida
O CICV justificou a retirada pela escalada de hostilidades que tornou insustentável sua permanência no escritório local. A própria instituição declarou que permanece empenhada em retornar à cidade assim que as circunstâncias permitirem.
Na nota, o comitê reforçou que inúmeras pessoas que ficaram em Gaza enfrentam “condições humanitárias terríveis” e necessitam com urgência de auxílio. Mesmo com a retirada, o CICV afirmou que continuará prestando suporte aos hospitais que ainda operam e à população sempre que for possível.
Enquanto isso, as operações serão conduzidas a partir dos escritórios do CICV em Deir al-Balah (centro da Faixa) e Rafah (sul), onde suas instalações permanecem plenamente funcionais.
Impactos humanitários e contexto militar
A ofensiva israelense na cidade de Gaza começou em 16 de setembro, com o objetivo declarado de eliminar capacidades militares do Hamas no território urbano. Desde então, mais de 1 milhão de pessoas foram deslocadas para o sul da Faixa de Gaza, segundo autoridades locais.
Os bombardeios contínuos vêm causando grande destruição de infraestrutura civil, hospitais danificados e severa escassez de suprimentos básicos. Em muitos casos, a própria entrega de ajuda humanitária se tornou difícil em face do conflito e restrições de acesso.
Retirada temporária e perspectivas de retorno
O CICV deixa claro que a suspensão é provisória e condicionada à melhora no cenário de segurança. Quando avaliar que as operações podem ocorrer com proteção, pretende retomar sua presença na cidade de Gaza.
Enquanto isso, continuará operando a partir de seus escritórios mais seguros no sul, buscando manter o apoio emergencial sempre que possível.
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