Empresa responsável pelo equipamento alega anomalia durante o voo; segundo a FAB o veículo colidiu com o solo e o Corpo de Bombeiros da Base da Alcântara foi enviado ao local para análise dos destroços e da área de colisão
Noite de frustração no setor espacial brasileiro e internacional: o foguete sul-coreano HANBIT-Nano, da empresa privada Innospace, explodiu durante uma tentativa de lançamento no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. A operação integrava a chamada Operação Spaceward, que vinha sendo adiada há dias por motivos técnicos antes da decolagem frustrada.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o veículo iniciou sua trajetória normalmente após a decolagem, mas apresentou uma anomalia em voo que o fez colidir com o solo logo após a saída da plataforma de lançamento. Uma grande nuvem de fogo foi registrada no céu do Maranhão e a transmissão oficial foi interrompida.
O HANBIT-Nano, projetado para colocar pequenas cargas — incluindo satélites e experimentos — em órbita baixa da Terra, marcaria a primeira inserção orbital comercial a partir de solo brasileiro. A missão tinha como objetivo impulsionar pesquisas científicas e aplicações tecnológicas, com cargas de instituições brasileiras e estrangeiras a bordo.
A FAB informou que equipes técnicas e do Corpo de Bombeiros já foram deslocadas ao local para realizar análises dos destroços e investigar as causas da falha. Até o momento, a empresa sul-coreana não divulgou um relatório detalhado sobre o problema técnico que causou a explosão, nem sobre eventuais prejuízos às cargas transportadas.
O lançamento havia sido reagendado diversas vezes após identificação de falhas em sistemas de refrigeração e ventilação durante testes pré-lançamento. Apesar dos adiamentos, a tentativa desta segunda-feira (22) seguia como um marco histórico para o programa espacial comercial brasileiro e estrangeiro no país.
Especialistas em tecnologia espacial destacam que falhas em lançamentos são comuns em estágios iniciais de veículos orbitais, e que os dados obtidos nas análises podem contribuir para fortalecer futuras missões.
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