Investigação conduzida pela DERCC aponta que o suspeito abordava mulheres oferecendo serviços como personal trainer e uso de anabolizantes
Denúncias anônimas em rede social deram início ao inquérito
A Polícia Civil do Estado de Roraima (PCRR), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC), concluiu na sexta-feira, dia 11, o inquérito que resultou no indiciamento de E.L.S., de 37 anos, por três crimes de estupro previstos no artigo 213 do Código Penal Brasileiro (CPB).
O caso começou após denúncias anônimas publicadas em uma rede social, nas quais mulheres relataram terem sido vítimas de abuso sexual. Essas denúncias foram inicialmente recebidas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), que instaurou o inquérito e posteriormente o encaminhou à DERCC, devido à natureza cibernética da origem das denúncias.
Investigação detalhou a atuação do suspeito
Abordagem através de serviços de personal trainer
Segundo explicou o delegado titular da DERCC, Eduardo Patrício, durante as investigações foram identificadas as autoras das publicações nas redes sociais e colhidos depoimentos detalhados de três vítimas.
As diligências revelaram que o investigado se apresentava falsamente como personal trainer, mesmo sem possuir formação ou registro profissional para exercer a atividade.
Manipulação e constrangimento das vítimas
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito oferecia serviços de acompanhamento físico e aplicação de anabolizantes como estratégia para se aproximar das mulheres. Em seguida, mediante manipulação emocional e constrangimento, induzia as vítimas à prática de atos libidinosos.
Crimes ocorreram entre 2018 e 2023
A investigação apurou que, entre os anos de 2018 e 2023, três mulheres relataram terem sido vítimas diretas dos abusos cometidos pelo falso personal trainer. Além disso, outras dez mulheres também foram abordadas pelo investigado, mas não chegaram a ceder aos avanços.
Próximos passos do processo
Com a conclusão do inquérito e o indiciamento por três crimes de estupro, o caso segue agora para análise do Ministério Público, que decidirá sobre a apresentação de denúncia formal à Justiça.
A PCRR reforça a importância de que vítimas de crimes semelhantes busquem apoio nas delegacias especializadas e façam a denúncia, inclusive por canais virtuais ou de forma anônima.
Fonte Policia civil de Roraima
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