Tragédia na Terra Yanomami: helicóptero cai após decolagem e dois indígenas morrem em Roraima

Acidente ocorreu logo após a decolagem na comunidade Arathau, dentro da Terra Indígena Yanomami. Três pessoas sobreviveram e estão sob cuidados médicos.

Dois indígenas morreram na tarde desta segunda-feira (7), após a queda de um helicóptero modelo Esquilo B2, de prefixo PP-IVO, na região da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A aeronave, que pertencia à empresa Voare Táxi Aéreo, prestava serviço ao Ministério da Saúde e realizava uma missão de remoção aeromédica quando caiu logo após a decolagem da comunidade indígena Arathau, localizada na região do Surucucu.

De acordo com o empresário Renildo Lima, dono da empresa Voare, estavam a bordo cinco pessoas: o piloto, um funcionário de apoio da empresa, um técnico de enfermagem do Ministério da Saúde e dois indígenas — um idoso que estava doente e seria levado para Boa Vista, acompanhado por outro indígena da mesma comunidade.

Ainda segundo informações, o helicóptero apresentou uma pane logo após a decolagem e caiu na floresta, próximo à comunidade. Após o impacto, a aeronave pegou fogo. Um indígena da região que presenciou o acidente caminhou por cerca de três horas em busca de ajuda.

Apesar da tragédia, o piloto conseguiu desviar a aeronave no último momento para evitar que ela caísse sobre a própria comunidade, o que poderia ter causado uma catástrofe ainda maior.

Os três sobreviventes foram resgatados por uma equipe de salvamento da Força Aérea Brasileira (FAB) e levados ao posto de atendimento em Surucucu, onde recebem cuidados médicos. A expectativa é que sejam transferidos para Boa Vista nas próximas horas.

A empresa Voare informou que irá registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil, para que os corpos das vítimas possam passar por perícia. As causas exatas do acidente serão investigadas pelos órgãos competentes da aviação, como a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Até o momento, o Ministério da Saúde e a FAB não se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido.

fonte Rede amazonica