Gigante chinesa chega a Brasil: UnionPay desafia Visa e Mastercard com cartões mais inclusivos ENTENDA

 


A gigante chinesa UnionPay, responsável por cerca de 40% das transações globais com cartão, entra oficialmente no mercado brasileiro em parceria com a fintech Left, uma iniciativa que alia tecnologia a propósito social.

A previsão é que, até o fim de 2025, a UnionPay comece a emitir cartões de crédito no Brasil, com toda a infraestrutura de terminais e integração tecnológica sendo implementada pela Left. Esse movimento coloca a bandeira como forte concorrente de Visa e Mastercard no país.

Um diferencial marcante dessa operação é a proposta de impacto social da Left: parte das taxas arrecadadas com transações (inclusive via Pix ou cartão) poderá ser direcionada voluntariamente para causas sociais e movimentos populares, ampliando o apelo junto a um público mais engajado socialmente.

dani.seyffert

Embora os cartões UnionPay já sejam aceitos em aproximadamente 70% dos estabelecimentos brasileiros — incluindo destinos turísticos e caixas eletrônicos de grandes redes — o grande desafio é a função de crédito, que exigirá homologação de maquininhas e parcerias com emissores locais para garantir compatibilidade e segurança.

Especialistas destacam que esse movimento vai além da entrada de mais uma bandeira: representa uma mudança estratégica na geopolítica dos pagamentos, pois se conecta ao sistema de compensação chinês CIPS, reduzindo a dependência do dólar e de redes como SWIFT.

No entanto, a adoção plena dependerá da superação de obstáculos técnicos e regulatórios, podendo levar cerca de um ano para se consolidar. Além disso, a popularização do Pix parcelado coloca uma questão adicional para as bandeiras tradicionais e emergentes.

Para o consumidor, a chegada da UnionPay traz expectativa de mais liberdade de escolha, competição nos preços e inovações funcionais. Já para estabelecimentos e fintechs parceiras, é uma nova fonte potencial de receita e uma ponte para capturar usuários internacionais, especialmente turistas e clientes do mercado chinês.

Se tudo ocorrer conforme planejado, o Brasil poderá estar iniciando em 2025 uma nova era no setor de pagamentos, marcada por maior diversificação das bandeiras, engajamento social e maior autonomia financeira.


0 Comentários

EN DIRETO