A Polícia Civil do Estado de São Paulo prendeu temporariamente, na madrugada desta quinta-feira (18), uma mulher de 25 anos suspeita de envolvimento direto no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Identificada como Dahesly Oliveira Pires, ela é acusada de transportar, em sacola, um dos fuzis usados na execução do ex-delegado, que ocorreu na segunda-feira (15), em Praia Grande, litoral paulista.
A prisão foi decretada pela Justiça após pedido da investigação, depois que Dahesly prestou depoimento ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) no centro de São Paulo. Segundo a polícia, durante o depoimento ela alegou não saber o que trazia na sacola — defesa que não convenceu as autoridades.
Além disso, Dahesly já tinha antecedentes por tráfico de drogas. Logo após sua detenção, por volta de 1h40 da manhã, ela foi levada algemada do DHPP para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito, e em seguida foi conduzida ao 6º Distrito Policial (DP), no Cambuci, em São Paulo.
Detalhes do crime e investigação
O ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado a tiros em uma emboscada na noite de segunda-feira (15), na cidade de Praia Grande, no litoral paulista. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram criminosos armados com fuzis durante o ataque.
De acordo com o relato obtido, Fontes tentava fugir de seus algozes em carro que acabou colidindo com um ônibus e capotando. Mesmo assim, os criminosos se aproximaram e efetuaram disparos finais, executando o ex-delegado. Ele não resistiu aos ferimentos.
Operação policial e mandados
A investigação conta com a atuação de equipes do DHPP, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e da Seccional de Praia Grande, com cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em endereços na Capital e Grande São Paulo. Também, familiares de dois suspeitos identificados participaram de depoimentos.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) afirmou através de nota que todas as forças de segurança estão mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos.
Motivações possíveis e facções criminosas
Uma das linhas de investigação mais fortes aponta para a vingança de facções criminosas, especialmente do Primeiro Comando da Capital (PCC), contra atuação do ex-delegado. Fontes conduziu ações que impactavam estruturas do crime organizado no litoral paulista. Também se investiga se houve motivação relacionada ao cargo que ocupava — secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande — que poderia tê-lo colocado em rota de colisão com interesses ilícitos.
Situação processual da suspeita
Dahesly Oliveira Pires está detida temporariamente e deverá passar por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira. A prisão temporária permite prisão por tempo limitado em fase inicial de investigação. Se confirmadas provas mais contundentes, pode progredir para prisão preventiva. Mandados já emitidos contra outros suspeitos seguem em aberto.
Testemunhas e familiares dos suspeitos identificados foram ouvidos, e objetos apreendidos nos mandados serão submetidos a perícia.
A prisão de Dahesly Oliveira Pires representa o primeiro desdobramento concreto da investigação sobre o assassinato brutal de Ruy Ferraz Fontes. O caso revela não apenas a magnitude de enfrentamento entre facções criminosas, mas também desafios da segurança pública no litoral paulista. A continuidade das operações poderá trazer à tona mais presos, descoberta de motivações e conexões, e possivelmente respostas sobre omissões ou falhas institucionais.
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