Celebração destaca como os doces são parte essencial da memória afetiva e da identidade de bares, restaurantes e buffets no Brasil
Por Lucas Machado ABRASEL
No dia 9 de outubro é celebrado o Dia
Nacional da Sobremesa, uma data que valoriza um dos elementos mais
marcantes da gastronomia: o doce que encerra uma refeição ou evento e deixa o
cliente com a última lembrança de sabor. Para muitos, esse momento é o ponto
alto da experiência, quando o paladar se encontra com a memória afetiva,
transformando simples receitas em histórias de celebração.
Para a chef Ivoneth, do Buffet
Ivoneth, em Tocantins, as sobremesas carregam um papel muito além de adoçar o
paladar. “As sobremesas são o grande desfecho da experiência. Elas funcionam
como o ponto final da história que o buffet conta no evento. É nesse momento
que o cliente guarda a última memória de sabor — e por isso, para nós, a
sobremesa não é apenas um doce, mas um capítulo de encanto que reforça a
sensação de celebração”, afirma.
O fascínio dos clientes por sobremesas
atravessa gerações. Segundo Beatriz Trevisan, sócia-proprietária da Casa da
Sobremesa, em Campinas (SP), que tem mais de três décadas de história, alguns
produtos se mantêm imbatíveis no gosto do público. “Os nossos produtos mais
vendidos não apenas em Campinas, mas em todas as nossas operações, são o bolo
espetáculo de morangos e o bolo musse. Nós recebemos de produtores locais,
todos os dias, morangos fresquinhos para fazermos esse bolo”, conta.
Beatriz explica que, apesar do boom de
sobremesas virais, como o morango
do amor, a doceria prefere apostar na tradição consolidada. “Somos
uma doceria tradicional e não temos por hábito seguir tendências virais. Claro
que a gente considera os ingredientes que estão em alta e produtos que os
clientes buscam com frequência. Mas não lançamos novos produtos apenas para
surfar a onda do mercado”, diz.
Essa postura se reflete em outro detalhe: a
aposta em qualidade. “Nós trabalhamos com matéria-prima de primeira
qualidade e isso implica diretamente no custo da produção. Além disso, temos um
laboratório de análise que periodicamente certifica a segurança dos nossos
produtos e contamos com uma engenheira de alimentos no quadro de funcionários”,
ressalta.
Enquanto isso, no Buffet Ivoneth, a
inovação é um ingrediente indispensável. Ivoneth destaca que a
combinação entre tradição e novidade é o que atrai clientes exigentes em
eventos de alto padrão. “Muitos clientes ainda se encantam com sobremesas
tradicionais, que remetem à memória afetiva, mas existe também uma busca
crescente por novidades que surpreendam. Por isso, nossa proposta é unir
tradição e inovação em receitas autorais, como a taça de cupuaçu com uvas
escuras, que já se tornou um marco do nosso buffet”, explica.
A sobremesa ganhou status de assinatura da
casa. “A nossa taça de cupuaçu com uvas escuras é considerada um verdadeiro
‘alto-falante’ da chef Ivoneth. Além de ser única e sofisticada, ela representa
nossa identidade: ousada, elegante e com raízes brasileiras”, completa.
Essa busca por equilíbrio acompanha a
evolução do paladar do público. Se antes predominavam opções pesadas, hoje
cresce o interesse por combinações mais leves, refrescantes e funcionais. Ainda
assim, a sofisticação segue sendo palavra de ordem. “O cliente não abre mão
da experiência sensorial e da apresentação impecável. Isso reforça nosso
compromisso com a sofisticação em cada detalhe”, diz a chef.
Sobremesas que fidelizam e contam
histórias
O impacto das sobremesas no negócio vai
além do sabor: muitas vezes, elas se transformam em marcas registradas. Ivoneth
conta que isso já aconteceu com sua sobremesa mais famosa. “A taça de
cupuaçu com uvas escuras desperta tanta curiosidade e elogios que os convidados
passam a nos procurar pedindo por ela em outras ocasiões. É uma sobremesa que
se tornou assinatura, símbolo de qualidade e inovação”, afirma.
Na Casa da Sobremesa, o efeito é
semelhante. O bolo espetáculo de morangos e o bolo musse não apenas permanecem
no cardápio, mas também consolidaram a doceria como referência na região.
Beatriz reforça que o cuidado com a tradição e o respeito à memória afetiva dos
clientes são fatores decisivos para manter o público fiel.
Esse cuidado se reflete até no delivery. A
Casa da Sobremesa precisou adaptar produtos para garantir que chegassem em
perfeito estado via aplicativos. Ao mesmo tempo, manteve a proposta pioneira de
permitir que clientes fracionem suas sobremesas por quilo. “Nós somos
pioneiros no Brasil em vender por quilo sobremesas. O cliente pode entrar na
loja e fracionar o produto como quiser, misturando opções diferentes”,
explica Beatriz.
Para Ivoneth, cada evento é uma
oportunidade de surpreender. “Houve uma evolução muito clara no paladar.
Hoje, o cliente busca experiências completas, que envolvam sabor, equilíbrio e
sofisticação. É nesse contexto que a sobremesa assume o papel de síntese da
celebração”, afirma.
No fim, o Dia Nacional da Sobremesa mostra
como esse mercado continua sendo um dos mais fortes da alimentação fora do lar.
Mais do que adoçar momentos, os doces carregam histórias, tradições e inovações
que unem gerações e consolidam a identidade gastronômica brasileira.
A data é uma oportunidade para os bares e
restaurantes, que segundo a Abrasel, apenas 43% dos estabelecimentos tiveram
lucro em setembro. Com a alta da inflação do cacau,
pode ser um bom momento para os estabelecimentos criarem maneiras de aumentarem
seu faturamento.
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