Sudão enfrenta a maior crise migratória do mundo: 13 milhões de deslocados e massacre em hospital

 


Uma massacre no Hospital Saudita, na cidade de El Fasher, em Darfur do Norte, deixou 460 pessoas mortas e milhares fugindo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O ataque, ocorrido em 28 de outubro, foi cometido por combatentes das Forças de Apoio Rápido (RSF), que invadiram o hospital atirando contra pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde.

O hospital também abrigava centenas de deslocados internos que buscavam refúgio da guerra. Desde o ataque, mais de 36 mil pessoas fugiram de El Fasher, agravando uma crise humanitária já catastrófica.

 A maior crise migratória do planeta

Desde o início da guerra em abril de 2023, o Sudão vive o maior deslocamento populacional do mundo, com quase 13 milhões de pessoas forçadas a abandonar suas casas.

Os números da tragédia

Dentro do Sudão:

Mais de 11 milhões de deslocados internos, o maior número do mundo;
Muitas famílias já foram deslocadas várias vezes;
Mais da metade são crianças;
27% têm menos de 5 anos de idade.


Refugiados em outros países:

🇪🇬 Egito: 1,2 milhão
🇸🇸 Sudão do Sul: 675 mil
🇹🇩 Chade: mais de 600 mil
🇪🇹 Etiópia: 75 mil
🇨🇫 República Centro-Africana: 30 mil

 O desespero do retorno

Mais de 1,3 milhão de pessoas tentam voltar para suas cidades destruídas, mesmo sem condições básicas.
As cidades estão em ruínas;
 Não há água, energia, nem hospitais;
 O conflito continua ativo.

A dimensão da tragédia

Desde abril de 2023, o conflito já deixou:

Mais de 18.800 civis mortos;
1.200 mortos em ataques contra hospitais;
Fome confirmada em Darfur (agosto de 2024);
90% das crianças em idade escolar fora da escola;
Sistema de saúde totalmente colapsado.


A ajuda humanitária não é suficiente

A ONU calcula que são necessários US$ 4,2 bilhões para atender as necessidades humanitárias no país.
Isso equivale a US$ 200 por pessoa ao ano — apenas US$ 0,50 por dia.
Até o momento, apenas 6% do valor necessário foi arrecadado.

Para onde vão os refugiados sudaneses?

A maioria busca abrigo em países vizinhos pobres, como Chade, Egito e Sudão do Sul, que também enfrentam suas próprias crises.
Os serviços públicos estão sobrecarregados, e a maioria dos refugiados são mulheres e crianças.

Mais de 160 mil pertencem ao grupo étnico Masalit, fugindo de ataques considerados limpeza étnica.

Crimes de guerra e genocídio

Em janeiro de 2025, os Estados Unidos reconheceram oficialmente que as forças paramilitares RSF cometeram genocídio em Darfur, com:

Assassinatos étnicos,
Estupros em massa,
Bloqueio de ajuda humanitária.

 O que o mundo precisa fazer

A ONU e organizações humanitárias pedem:

Fim imediato das hostilidades;
Proteção a civis e trabalhadores humanitários;
Aumento urgente do financiamento internacional;
Atenção global à crise esquecida;
Acordo político que garanta paz duradoura.


Enquanto a guerra no Sudão continua, 13 milhões de pessoas permanecem sem lar e milhares morrem em silêncio, vítimas de uma crise humanitária ignorada.

Segundo a ONU, o país vive hoje a maior tragédia migratória e de deslocamento do século — uma catástrofe que o mundo não pode mais ignorar.



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