EUA anunciam intervenção militar terrestre na Venezuela, e Caracas convoca Força Aérea

 


O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, declarou nesta quinta-feira (27) que seu governo pretende realizar ações terrestres em breve contra grupos que, segundo Washington, promovem narcotráfico na Venezuela. A afirmação aumentou drasticamente a tensão entre os dois países e reacendeu o temor de uma intervenção militar direta. 



Operações em terra: promessa sem detalhes, mas com histórico de ataques

Durante um telefonema com militares americanos, em referência ao Dia de Ação de Graças, Trump afirmou que operações terrestres começarão “muito em breve” para impedir o tráfico por terra, alegando que o transporte por mar — alvo de ações anteriores dos EUA — caiu substancialmente. Ele classificou as drogas como “veneno” e pediu aos grupos envolvidos que cessem suas atividades. 

Por ora, o presidente americano não detalhou como essas operações terrestres ocorreriam — nem onde nem em que escala. As recentes operações navais dos EUA já resultaram na destruição de cerca de 20 embarcações suspeitas e na morte de mais de 80 pessoas, segundo dados divulgados por Washington desde o início de setembro. 

Caracas reage com mobilização militar e acusações de agressão

O governo venezuelano, sob o comando do Nicolás Maduro, reagiu imediatamente à ameaça. A convocação da Força Aérea da Venezuela (FAV) foi reforçada — o presidente pediu que permanecessem “alertas, prontos e dispostos a defender a soberania da pátria”. 

Durante cerimônia militar na Base Aérea de Maracay, autoridades venezuelanas realizaram exercícios simulando a interceptação de aviões e forças invasoras, em ato simbólico de dissuasão. O ministro da Defesa criticou o que chamou de “jogo imperialista” dos EUA para militarizar o Caribe. 

Além disso, a tensão já se reflete no transporte civil: algumas companhias aéreas internacionais tiveram suas licenças para operar voos para Caracas revogadas, em meio à acusação de que teriam se “unido a atos terroristas” promovidos pelos EUA. Como resultado, o Aeroporto Internacional de Maiquetía — que atende a capital venezuelana — operou com voos bastante reduzidos nesta quinta-feira.

Caminhos para um conflito ampliado? Especialistas alertam para retórica e riscos regionais

Analistas internacionais observam com preocupação que a retórica de Trump — de combater narcotráfico com uso de força militar — coincide com uma escalada latente de hostilidades entre Washington e Caracas. A designação de grupos criminosos venezuelanos como terroristas pelas autoridades americanas aumenta a incerteza sobre os verdadeiros objetivos da ação. 

Para alguns especialistas, há o risco de que o pretexto do combate às drogas seja usado para justificar uma intervenção que vai além da repressão ao narcotráfico — com implicações graves para a soberania da Venezuela e a estabilidade da América Latina como um todo. 

O que se sabe — e o que permanece secreto

Até o momento, os EUA não divulgaram um plano claro sobre o que seria a “intervenção terrestre” na Venezuela: não há cronograma oficial, nem definição das áreas a ser ocupadas, nem explicitação de quais grupos seriam alvo dessas operações. E a reação venezuelana permanece de alerta máximo, com mobilização militar e postura firme em defesa da soberania nacional.

A crise, dessa forma, ganha contornos tanto militares quanto diplomáticos — e o contorno de um possível confronto armado no Caribe reacende lembranças de antigos conflitos na região, com potenciais consequências para toda a América do Sul.



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