Moscou (EFE) – O presidente russo, Vladimir Putin, expressou seu apoio ao governo venezuelano nesta quinta-feira, em uma conversa telefônica com o líder do país, Nicolás Maduro, informou o Kremlin.
Esta é a primeira conversa entre os dois líderes desde o aumento das tensões entre Caracas e Washington.
Os temas do diálogo
Segundo o comunicado do Kremlin, Putin e Maduro "trocaram opiniões sobre o desenvolvimento das relações amistosas russo-venezuelanas, em conformidade com o acordo de parceria estratégica e cooperação, que entrou em vigor em novembro de 2025".
Além disso, ambos os líderes "reafirmaram seu compromisso mútuo com a continuidade da implementação de projetos conjuntos nas áreas comercial, econômica, energética, financeira, cultural e humanitária, entre outras".
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela confirmou que a conversa reafirmou o caráter "estratégico, sólido e ascendente" de suas relações.
O presidente russo afirmou que os canais de comunicação direta entre Caracas e Moscou "permanecem permanentemente abertos" e assegurou que a Rússia "continuará a apoiar a Venezuela em sua luta para afirmar sua soberania, o direito internacional e a paz em toda a América Latina".
Maduro, por sua vez, informou seu homólogo russo sobre "o progresso contínuo da Venezuela, que está vencendo a batalha pela paz, crescimento econômico e estabilidade social, e destacou que o país deverá liderar o crescimento econômico regional de 9% este ano".
A relação entre Putin e Maduro não preocupa Trump.
Horas depois da comunicação entre Putin e Maduro, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou que o presidente Donald Trump estivesse preocupado com a relação entre o líder venezuelano Nicolás Maduro e o líder russo Vladimir Putin.
"Não acho que isso preocupe o presidente em nada. Vou deixar que ele fale sobre isso", disse Leavitt em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
A porta-voz também descartou a possibilidade de Trump ter conversado com seu homólogo russo após a ligação com o presidente venezuelano.
Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação
O Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação assinado por Putin e Maduro em maio passado, em Moscou, entrou em vigor dias antes de Washington anunciar o início da Operação Lança do Sul, relacionada à luta dos EUA contra o narcotráfico originário da América Latina.
O anúncio foi feito pouco depois da chegada ao sul do Caribe do maior e mais sofisticado porta-aviões dos Estados Unidos, o USS Gerald Ford, e seu grupo de ataque, que se juntaram assim ao destacamento de destróieres ou navios de desembarque anfíbio que Washington mantém na área desde meados de agosto.
Este destacamento militar foi acompanhado de ameaças contra Maduro, a quem a Casa Branca classifica como "ilegítimo".
O documento assinado por Moscou e Caracas "ressalta a necessidade de continuar a cooperação em questões de segurança, inclusive na área técnico-militar", segundo autoridades russas, que confirmaram que seu país atuará plenamente dentro do quadro das obrigações mútuas estabelecidas com seus "amigos venezuelanos".
Ao mesmo tempo, Moscou negou até agora as notícias de que Caracas tenha solicitado oficialmente ajuda militar da Rússia, sejam mísseis, aeronaves ou baterias antiaéreas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia limitou-se a defender a legitimidade de Maduro, o Kremlin a apelar a Washington para que não desestabilize a situação na região do Caribe, e ambas as casas do Parlamento a instar a comunidade internacional a condenar, em comunicado, as "ações agressivas" dos EUA contra Caracas.
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